Khaleege
É uma dança folclórica que se originou no Golfo Pérsico (área da Península Arábica que envolve Bahrain, Emirados Árabes, Quatar, Arábia Saudita, Kwait, Oman). É comum ainda hoje em muitos desses países, em festas familiares, cujas presenças são todas femininas, algumas mulheres se levantarem, vestirem suas túnicas e dançarem Khaleege. O ritmo para esse tipo de dança é o Soudi. É dançada com um vestido (túnica) de tecido fino, todo bordado por cima da roupa normal ou da roupa de dança do ventre, no caso de uma apresentação. A túnica é chamada de Galabya. A execução da dança traz uma simples marcação para os pés, que se mantém constante e presente todo o tempo. Além dessa marcação, há movimentos de cabeça (com destaque para os cabelos), de mãos, braços, e tronco. O quadril, ao contrário da dança do ventre, praticamente não se move. Khaleege em árabe significa Golfo, e é uma dança também conhecida como Raks El Nacha´at. Assista abaixo um vídeo para conhecer melhor esta dança. Nele está Fifi Abdo dançando Khaleege mas sem usar a túnica típica: Dança da Bengala/ Bastão
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Dabke
Dabke é uma dança folclórica de muitos países árabes. Apesar de ser originalmente masculina, hoje em dia pode ser vista sendo dançada por toda a família. Dançada em grupo, com as pessoas de mãos dadas formando uma roda ou uma meia-lua. Não há movimentos de braços e ou de quadril. A movimentação se restringe aos pés, que realizam uma variedade de batidas e passos no chão. Os ritmos mais adequados são o Said e o Malfuf. A música é alegre, e quase sempre acompanhada de derbak e da flauta Mijwiz. Assim como a música, a dança também é alegre, e quase sempre dançada pelos árabes quando presentes em uma festa. Comumente vê-se este tipo de celebração no Brasil por ocasião de encontros de árabes em bares, restaurantes ou festas. Por ser uma dança de fácil execução, é possível aprendê-la durante uma festa e participar da celebração do Dabke. Para conhecer um pouco melhor esta dança, assista ao vídeo abaixo. Dabke coreografado por Laiali Zaman no Líbano: |
Meleah Laff
O nome significa lenço enrolado, e se originou no Egito, mais especificamente no subúrbio do Cairo e de Alexandria.
Dançada geralmente com um vestido, um chaddor e um lenço preto. O chaddor geralmente é de crochê, serve para cobrir o rosto e pode ser tirado no decorrer da apresentação.
O vestido, usualmente mais colado ao corpo, deve tampar o umbigo, e pode ser bordado ou não.
O lenço é preto, de tecido grosso e nunca transparente, podendo ser bordado ou não.
A bailarina inicia a dança coberta/ enrolada no lenço preto e durante a apresentação ela o solta para dançar com ele.
A dança com o lenço permite um jogo de “mostra e esconde”. Já que em alguns momentos a bailarina se enrola no lenço e em outros ela o manuseia. Ás vezes ela o enrola no quadril, outrora no tronco, destacando as formas de seu corpo. E às vezes brinca fazendo “gracejos” com as pontas dele.
A bailarina tem que ter habilidade para segurar e movimentar bem o lenço, para acrescentar charme e graça, caso contrário a dança fica poluída e prejudicada.
A dançarina masca chiclete durante a dança (tradicionalmente as egípcias costumam mascar goma de miske), dando um ar de irreverência e brincadeira à dança.
A música é sempre muito alegre e festiva, geralmente nos ritmos malfuf ou falahi.
Por ser uma dança de subúrbio, a sensualidade de uma apresentação deve ser suburbana. Ou seja, a bailarina tem que ser muito charmosa e carismática, ser levemente ousada e exagerar na movimentação, porém sem cair na vulgaridade.
Abaixo um vídeo para você conhecer melhor esta dança folclórica.
Meleah Laff com Soraia Zaied, bailarina brasileira que dança no Egito desde 2001:
Dança com Jarro
Surgida entre os beduínos (povos do deserto). Uma dança de reverência à água, que representa a vida.
A água era escassa e por isso sagrada no Egito Antigo, e só era obtida após as cheias do Rio Nilo. As mulheres, ao encherem seus jarros com água do Nilo, celebravam a vida através de movimentos de seus corpos com o jarro. Por isso é uma dança alegre, de celebração, comemoração.
É conhecida também como Dança do Nilo, como Raks Al Balaas, e também como dança da Samaritana.
O traje mais recomendado para a apresentação é o vestido, ou outro que mantenha a barriga coberta.
O jarro pode ser de barro (ou imitando barro) ou enfeitado, depende da preferência. Os ritmos mais adequados são o Said e o Falahi.
Os movimentos desta dança são alegres, descontraídos, animados. A bailarina faz movimentos com o jarro, além de colocá-lo algumas vezes sobre partes do corpo, como a cabeça, cintura e ombros.
Conheça mais a Dança com o Jarro assistindo ao vídeo abaixo.
Dança com Jarro com o grupo folclórico da Khan el Khalili: